Depois de quase um ano e meio decidi retomar o blog. O motivo de ele ter iniciado foi a minha estadia na Índia, mas quem me conhece sabe que vai fazer um ano que estou de volta. Sim, eu parei de escrever ainda lá, pois eu tinha medo de voltar para casa. Quando voltei fiquei deprimida sonhando com a Índia, e não queria escrever. Quando eu finalmente me recuperei, parecia que não cabia mais eu falar nada, pois já fazia tanto tempo… Mas hoje eu decidi voltar caros leitores (que eu pretendo reconquistar). Ainda tenho muito a dizer, não somente sobre a Índia, mas sempre sobre sua influência. Não posso e nem quero negar a influência que esse país teve sobre mim, como toda a minha forma de pensar foi afetada com o que eu vivi e aprendi lá.
Eu costumo dizer que se eu precisasse definir em uma palavra o que eu aprendi na Índia, eu escolheria Intensidade. Por vários motivos eu levava, antes de viajar, uma vida amortecida, sempre pensando no futuro e sem focar no presente. Eu não era feliz, mas não era triste também… mas chega um momento que essa sensação te sufoca. Confesso ao mundo o que eu nunca antes tive coragem de dizer: quando eu viajei, eu fugi. Sim, fugi de tudo que eu não sabia, de tudo que eu tinha medo. Foi preciso eu ir para o outro lado do mundo para aprender que é preciso viver, seja para o bem ou para o mal… ou pelo menos era isso que eu pensava até agora. Contradições? Sim, essa sou eu!
Mas eu explico o que me causou o questionamento. Eu tentei levar intensidade como um princípio de vida, dizendo sempre “eu não quero uma vidinha mais ou menos, eu não quero olhar para trás e pensar que eu não vivi a minha vida”. Bom, meus caros, lembrem-se que intensidade é uma questão de extremos: muito bom, e muito ruim também. O muro de proteção não está lá e você também quebra a cara. Preciso confessar que hoje foi feio.
Eu tive os 10 minutos mais longos da minha vida. Tá, isso é um exagero, mas eu sempre quis dizer isso 😛 Mas deveras foram 10 minutos difíceis, caminhando de um café até a minha casa. Foram 10 minutos caminhando com a minha melhor amiga e o meu namorado, em que ninguém disse nada, mas o silêncio gritava. Gritava que eu fiz besteira, e nada do que eu fizer agora pode desfazer o que fiz; gritava que eu magoei pessoas muito importantes e que eu jamais queria magoar; gritava que eu não era bem vinda ali. E como eu cheguei nessa situação? Intensidade. E se eu parar para refletir, isso me causou também uma briga com meu melhor amigo que ainda está na Índia, e outras tantas com o namorado, esse mesmo da caminhada.
Agora caros leitores, eu realmente to precisando de uma opinião. Eu questiono: seria realmente boa a minha tal intensidade?
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